Créditos de Carbono: O que são e quais são os seus benefícios para o meio ambiente?

Você sabe o que são créditos de carbono, quais os seus benefícios e as suas desvantagens, como surgiu e como ele pode ajudar no quesito sustentabilidade e economia?

No post de hoje nós vamos explicar tudo o que você precisa saber sobre essa incrível novidade, o Crédito de Carbono.


Como surgiu o crédito de carbono?

Antes de conhecer a fundo o que são os créditos de carbono, devemos conhecer um pouco sobre a sua história e como surgiu.

O Crédito de Carbono foi um movimento que surgiu juntamente com o Protocolo de Kyoto em 1997. Um acordo que visava reduzir o efeito estufa e a emissão de gases poluentes na atmosfera, responsáveis por diversos problemas ambientais ligados às oscilações climáticas.

Esse acordo determinou que os países considerados desenvolvidos, deveriam diminuir a emissão de gases, entre os anos de 2008 e 2012, em 5,2% com relação aos níveis medidos no ano de 1990.

O principal objetivo do protocolo era reduzir a emissão dos gases de maneira coletiva, porém, cada país obteve uma meta individual, levando em consideração o seu estágio de desenvolvimento. Isso possibilitou que os países em desenvolvimento aumentassem a sua emissão, assim auxiliando o seu progresso.

O lema do acordo era “Responsabilidades comuns, mas diferenciadas”. Isso porque, a obrigação de reduzir de maneira considerável, a emissão dos gases poluentes, era majoritariamente dos países desenvolvidos e super desenvolvidos, por conta da sua maior concentração atual dos gases que provocam o efeito estufa, emitidas na atmosfera.

Assim surgiram os créditos de carbono, como uma forma de incentivo para auxiliar os países que possuem metas de redução de emissão de gases poluentes a alcançá-las. Conhecido também como uma moeda chamada mercado de carbono. Os créditos representam a não emissão de CO2(dióxido de carbono) à atmosfera.


Como são gerados os créditos de carbono?

Na atualidade, existem diversos órgãos internacionais responsáveis por gerar os créditos de carbono. Os mais conhecidos são:



  • MDL ou CMD: Mecanismo de Desenvolvimento Limpo

  • UNFCCC: Convenção-Quadros das Nações Unidas Sobre Mudanças do Clima

  • VCS: Verified Carbon Standard

  • Cada país possui uma legislação sobre os créditos de carbono. O Brasil é regulamentado pelo Decreto n°5.882 de 2006.



Sucintamente, o crédito de carbono é gerado a cada tonelada de dióxido de carbono não emitido na atmosfera. Quando um país consegue alcançar o seu objetivo de cumprir a sua meta de redução de emissão de 1 tonelada de carbono, recebe uma certificação referida pelo Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). Quanto mais países se juntarem em prol da redução de poluentes, mais créditos serão gerados, podendo ser utilizados como moeda de troca de negociação com outros países que ainda não tenham batido as suas metas de redução.

Algumas das estratégias mais utilizadas para alcançar as metas de redução de emissão de dióxido de carbono são:



  • Campanhas de conscientização que possuem o intuito de estimular o consumo consciente

  • Projetos para redução dos níveis de desmatamento

  • Projetos que promovam a mobilidade urbana sustentável

  • Campanhas que promovam e estimulem o consumo consciente

  • Fundação de políticas sustentáveis, ecológicas e de preservação ambiental

  • Projetos que têm como princípios o reflorestamento

  • Projetos para a utilização da energia limpa e sustentável

  • A sua comercialização é realizada através dos processos exigidos pelo DML. Ele permite a cooperação entre países em desenvolvimento e países industrializados. Ambos podem ser multilaterais, unilaterais ou bilaterais.



Modo Multilateral:
O modo multilateral são os projetos financiados e implementados através de fundos internacionais. Nesse modo, o valor da transação comercial é estipulado pelos fundos de investimento.

Modo Unilateral:
Corresponde ao desdobramento de projetos por parte de um país em estágio de desenvolvimento, sucedido em seu próprio território. O projeto deve auxiliar na redução da emissão de dióxido de carbono, gerando créditos que podem ser comercializados no mercado de carbono. Esse valor deverá ser estipulado pelo país responsável por desenvolver o projeto em seu território.

Modo Bilateral:
O modo bilateral engloba os projetos de desenvolvimento elaborados e realizados por um país em desenvolvimento no território de um país em desenvolvimento, reconhecido como país hospedeiro. Dentro do projeto, o dióxido de carbono que não for emitido, gera ao país que implementou o projeto créditos de carbono. O valor dado aos créditos é acordado pelo país industrializado que realizou o projeto.


Vantagens dos créditos de carbono

Auxilia na redução da emissão de gases causadores do efeito estufa, ajudando a reduzir consideravelmente o aquecimento global e estabilizando o efeito estufa.
Os países desenvolvidos que não conseguirem alcançar os seus objetivos e metas estipuladas pelo Protocolo de Kyoto, podem através da compra dos créditos de carbono, reduzirem o seu débito.
Os países que se encontram no estágio de desenvolvimento, terão em seu território, projetos e campanhas que visam o desenvolvimento sustentável, bem como, impulsionaram as suas economias em todos os âmbitos, a comercialização dos créditos de carbono


Desvantagens dos créditos de carbono

É possível que no decorrer dos anos, haja uma supervalorização dos créditos de carbono à medida que essa área do mercado de desenvolva, podendo prejudicar a economia dos países em desenvolvimento, tornando inacessível a sua comercialização.
Possibilidade do aumento dos níveis de emissão dos gases poluentes causadores do efeito estufa por parte dos países com poder monetário para compra dos créditos de carbono.
Vários estudiosos acreditam que esses créditos de carbono oferecem aos países desenvolvidos o poder de poluir, não atingindo os benefícios climáticos desejados pelo projeto inicial.


Bolsas de crédito de carbono no mundo:


  • Europa: European Union Emissions Trading Scheme

  • Oceania: New South Wales

  • América: Chicago Climate Exchange

  • Ásia: Keidanren Voluntary Action Plan




Podemos concluir que o crédito de carbono pode ser considerado uma moeda utilizada entre os países dentro do mercado de carbono, onde empresas que possuem um nível de emissão muito alto e com poucas opções possíveis para a redução, podendo comprar esses créditos com objetivo de compensar essas emissões. 


E aí, o que você acha do crédito de carbono? Será que ele traz mais vantagens ou desvantagens para o nosso planeta e meio ambiente? Conta aqui pra gente nos comentários qual a sua opinião…


Esse foi o post de hoje, esperamos que tenha gostado… Até a próxima!


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