Floresta Amazônica: A Maior Floresta Tropical do Mundo

Dentre os seis tipos de biomas brasileiros, ela representa o maior do nosso país, graças à sua imensurável biodiversidade.

Se um dia sua existência fosse aniquilada, diversas espécies de plantas e animais seriam afetados, além da vida humana na Terra, e por isso, apesar das constantes ameaças e desmatamentos que sofre diariamente, a floresta amazônica é defendida nacional e internacionalmente por órgãos políticos, econômicos e socioambientais.


COMO FOI DESCOBERTA

Cerca de 2 mil anos antes dos europeus invadirem agressivamente a região, sociedades indígenas de diversas tribos já ocupavam a floresta, utilizando da pesca e da agricultura como forma de sobrevivência. Quando povos europeus (principalmente espanhóis e portugueses) “descobriram” o local, trouxeram inúmeras doenças aos índios que ali habitavam, fator que infelizmente foi responsável pela drástica redução desses povos naquela região.


ONDE FICA LOCALIZADA

A floresta amazônica expande-se principalmente por  territórios brasileiros que correspondem aos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Roraima e Rondônia, mas também pode ser encontrada em alguns outros países da América do Sul, tais como Peru, Venezuela, Guiana Francesa, Equador, Bolívia, Colômbia, Guiana e Suriname.

O clima predominante da floresta amazônica é o equatorial, com temperaturas mais altas (que podem variar de 22 a 28 graus) e muita umidade no ar, que pode atingir até 80% ou mais. Apesar das estações do ano variarem de acordo com cada temporada, o clima seco e chuvoso são os predominantes nesse ambiente. Outro fator dominante nesse território é o índice pluviométrico - quantidade de chuva por metros quadrados em um local específico – que pode variar de 1400 a 3500 mm por ano.


FLORA

Seria impossível estabelecer com exatidão a quantidade de árvores e vegetações existentes na floresta amazônica. Ainda hoje não foi descoberto um número exato de espécies e tipos de plantas que abriga, mas sabe-se que sua vegetação é dividida principalmente por mata de várzea, mata de igapó e mata de terra firme.

Mata de várzea: pode ser inundada de acordo com o volume dos rios, visto que localiza-se em territórios mais baixos. Graças ao acúmulo de água, seu solo é muito fértil, e árvores como a seringueira, jatobá, andiroba e samaúma são algumas das espécies prevalentes nesse tipo de mata;

Mata de igapó: localiza-se em locais mais baixos que a mata da várzea, fator que a torna permanentemente alagada. Algumas de suas plantas são a vitória-régia, orquídea, bromélia e buriti, que precisaram se adaptar ao local constantemente inundado;

Mata de terra firme: está localizada em locais elevados, e por isso nunca encontra-se alagada. Uma espécie de planta muito comum nesse ambiente é a árvore de castanheiras.


FAUNA

A fauna da floresta amazônica é considerada como uma das mais fascinantes do planeta, com a presença de diversos tipos de animais, como onças, jacarés, serpentes, sapos, rãs, aves, insetos e incontáveis espécies de peixes, que podem variar de 2.500 a 3.000! A maioria desses animais são endêmicos, e isso significa que só existem na floresta amazônica.


SOCIEDADE

Índios, seringueiros e castanheiros são os grupos mais prevalentes na região. A borracha, o óleo vegetal, castanhas e outras sementes são alguns dos produtos utilizados por essas pessoas como meio de subsistência. Por também serem adeptos à pesca e à agricultura, a preservação da fauna e da flora nesse local é imprescindível para a sua sobrevivência.


AMAZÔNIA LEGAL

Fundada no ano de 1953, corresponde a uma área equivalente a nove estados brasileiros: Acre, Amapá, Maranhão, Tocantins, Mato Grosso, Rondônia, Pará, Roraima e Amazonas. Ocupando 61% de todo o território do país, a Amazônia Legal foi fundada a fim de desenvolver e preservar os aspectos socioambientais do local.


LENDAS

Lenda do Uirapuru, da Mandioca, do Açaí, do Lobo-Guará e lenda do Curupira: por ser imensa e histórica, a floresta amazônica já enfrentou diversas situações, climas e energias diversas, além de abrigar inúmeros povos de diferentes locais do mundo. Esses fatores fazem com que a Amazônia carregue inúmeras lendas em seu nome, muito presentes principalmente no folclore brasileiro.

A lenda da vitória-régia é um exemplo, originada da tribo indígena tupi-guarani, onde uma índia, ao tentar beijar o reflexo da lua refletido sob as margens de um rio, acabou afogando-se e morrendo. No entanto, transcendeu e “voltou” à vida em forma da planta vitória-régia, que amadurece durante a madrugada e se fecha ao longo do dia. 


O FIM DA FLORESTA AMAZÔNICA: É POSSÍVEL?

Dados de 2020 do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) apontam que, somente naquele mesmo ano, cerca de 11.088 km?2; foram devastados pela floresta, o que representa um aumento de 9,5% se comparados a anos anteriores. Não se sabe ao certo como a tragédia ocorreu (ou, ao menos, os motivos reais foram e permanecem encobertos), mas sabe-se que a agricultura de subsistência realizada por moradores locais e pequenos proprietários é um dos inúmeros exemplos.

Por mais que seja seu principal método de subsistência, esses agricultores acabam muitas vezes destruindo manualmente áreas de vegetação. Se comparados a outros fatores, pode-se dizer que são os mais “inofensivos”. Há, ainda, o desmatamento especulativo e o aumento exponencial da agricultura e do agronegócio, que muitas vezes apresentam características drásticas e altamente prejudiciais à fauna e à flora do ambiente.


COMO “REVERTER”

Estima-se que antes de ser colonizada e ocupada pelos europeus (que deram início ao processo de desmatamento), a amazônia tenha atingido o dobro da vegetação que possui atualmente. Além disso, com o passar dos séculos, a própria população brasileira também passou a explorá-la legal e ilegalmente, o que fez com que sua porcentagem de espécies e vegetações caísse drasticamente.


Infelizmente, não há uma fórmula perfeita para recuperar todo o dano causado à Amazônia e, mesmo que houvesse, seria praticamente impossível reverter todo o quadro de destruição causado a ela. Hoje, o que grandes indústrias e órgãos competentes podem fazer é o reflorestamento e o desmatamento autorizado, “consciente” e reversível de áreas específicas, a fim de preservar a vida de seres humanos e seres vivos que habitam aquele vasto território verde. Mas como diz o velho ditado... na teoria tudo funciona. O difícil mesmo é pôr em prática.